11 de abril de 2011

Independentemente de clichês

Eu estava a passear num barco a vela,
Quando a vi pela primeira e última vez.
Aproximei-me e olhei-a atentamente,
Seus olhos aparentemente abatidos, sua boca um pouco seca,
Coração um tanto machucado.
Foi assim que a conheci,
fui até ela, estava tímido e apreensivo.
Ela deu de ombros, parecia não estar ali.
Aquela situação estava deixando-me perturbado,
cheguei a pensar se estava realmente ao lado de algo existente.
E vi que não, ela não estava ali comigo, ela não existia, não passava de uma ilusão.
Independentemente de clichês, eu a amei sem motivos, e a perdi tão rápido.
O barco a vela desapareceu, nunca estive nele.
Nunca vi aquela moça, eu nunca vivi.
Será que estou escrevendo com os olhos fechados? Alguém segure esta caneta de cor sangrenta,
acho que ela precisa de ajuda, o seu dono foi tirar um cochilo,
talvez não volte nunca mais.





Autor: Guilherme Pimentel 

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