...Dois pares de olhos se entrecortavam no vaivém dos trens. As mãos nos casacos. Os corações unidos numa batida lenta.
—Quê que eu faço com os pedaços da nossa história?
—Guarda contigo, que eu vou te guardar comigo.
—Vai me escrever no teu coração?
—Sempre e todos os dias.
—Como nós ficaremos?
—Pela metade.
(O trem chegava. Pessoas se amontoavam na porta. Ele entrou só, mas havia mais um passageiro no vagão: o coração dela. Entre eles: Silêncio)
-nara gonçalves
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